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LED E A ALFACE
Iluminação com LEDs produz vegetais mais saudáveis
Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/04/2010

Cientistas da Lituânia descobriram que uma iluminação à base de LEDs, aplicado durante apenas três dias, é capaz de melhorar a qualidade nutricional de verduras e legumes, principalmente dos vegetais verdes folhosos.
A tecnologia com tratamento dos vegetais com luz poderá ser aplicada em estufas para reforçar os nutrientes dos vegetais no período pré-colheita.
Nitratos e nutrientes
O experimento foi feito em plantações de alface, orégano e cebolinha. Os vegetais foram cultivados em estufa, sob luz ambiente, com um reforço de iluminação noturna com uma lâmpada de vapor de sódio.
Nos três dias anteriores à colheita, os vegetais receberam a iluminação noturna de um conjunto de diodos emissores de luz, os LEDs, lâmpadas de estado sólido de baixo consumo de energia, do mesmo tipo encontrado na maioria dos aparelhos eletrônicos.
O resultado foi uma redução no nível de nitratos nos vegetais que variou de 44 a 65%.
O maior nível de redução dos nitratos foi verificado nas plantações de alface cultivado por hidroponia. Depois de um tratamento de três dias sob a luz de LEDs vermelhos, os testes mostraram uma redução de 65% na concentração de nitratos.
Além de diminuir a concentração de nitratos danosos à saúde, o fluxo de fótons de alta densidade gerado pelos LEDs também elevou os níveis de nutrientes dos vegetais.
Plantas iluminadas com LEDs
Segundo Giedre Samuoliene, coordenador da pesquisa, a tecnologia é diferente da já difundida prática das lâmpadas de sódio de alta pressão.
Os iluminadores de estado sólido limitam a quantidade de calor radiante, já que os LEDs têm luz fria, permitindo uma maior intensidade na fotossíntese.
Além disso, a técnica exige apenas um tratamento curto, pouco antes da colheita, em vez de uma iluminação durante o ciclo completo da cultura.
O investimento inicial na aquisição dos iluminadores de LED pode ser caro, afirma Samuoliene, mas a técnica é economicamente viável porque o tratamento é aplicado durante apenas 10% do tempo da cultura, com um baixíssimo consumo de energia.
Há também a perspectiva das vantagens de um eventual sobre-preço pelo fornecimento de vegetais mais saudáveis.
Bibliografia:
Decrease in Nitrate Concentration in Leafy Vegetables Under a Solid-state Illuminator
Giedre Samuoliene, Akvile Urbonaviciute, Pavelas Duchovskis, Zenonas Bliznikas, Pranciskus Vitta, Arturas Zukauskas
ASHS HortScience
Vol.: 44: 1857 - 1860
Pele de tomate vira pele de lata para alimentos
As latas metálicas são a embalagem preferida para alimentos e bebidas.
Para não afetar os alimentos, essas latas precisam ser revestidas com uma espécie de verniz, ou laca, que seja biologicamente inerte e não faça mal à saúde.
Pesquisadores europeus se deram conta de que os revestimentos adotados hoje estão longe do ideal, e por isso se reuniram em um esforço multi-institucional, batizado de Projeto Biocopac, cujo objetivo era produzir um revestimento biológico e ecologicamente amigável.
O resultado é uma laca natural produzida a partir de peles de tomate, um subproduto da indústria alimentícia, que é descartado depois da fabricação de molhos e similares.
A laca, que pode ser aplicada nas embalagens metálicas, tanto interna, quanto externamente, é feita à base de cutina, uma substância cerosa extraída da pele dos tomates.
"A bio-laca vai melhorar a sustentabilidade das latas metálicas, promovendo sua reciclagem e diminuindo o impacto ambiental das embalagens e dos resíduos," disse Angela Montanari, coordenadora do projeto.
Bisfenol A
O principal efeito do aproveitamento da pele dos tomates, contudo, deverá ocorrer na proteção à saúde dos consumidores.
O revestimento à base de peles de tomate promete substituir o bisfenol A, um composto largamente utilizado no revestimento de latas para embalagem de alimentos e bebidas.
O bisfenol A provoca uma série de efeitos nocivos à saúde, o que está levando ao seu banimento em todo o mundo.